24.6.11

é só mais um poema de amor

carnificina no jardim ao lado,

poupem a água limpa
que ainda resta no regador
de brinquedo.



3 comments:

Andre de Freitas Sobrinho said...

PUTAQUEPARIU! GRANDE!

Kadu Mauad said...

Soneto Fúnebre (O Carro do Som)

Dentro ao sarcófago, no Antigo Egito,
do escaravelho descobriu-se o louro,
que, estando intacto, curou-se o mito
de que dos mortos era o vivedouro.

Tornou-se a vida após a morte um grito
que mais aterra do que ajuda o mouro.
Quantas parábolas não inventa o aflito
que a eternidade a guarde em tal besouro.

E o carro (fúnebre) do som passando
lembra-me os pássaros do mal-agouro
que grasnam mórbidos, e apregoando,

mais uma carne de que rasgam o couro,
em cujo fígado se almoça o bando
que alvissareiro canta o seu tesouro.

óia aê ó!

Joyce said...

há de ser poupada...
gotas de salvação?