22.2.09

solícito

Hi dear friend,
volto como disse, despues dessa reforma. !hola! eu sou assim, bilingue, meio a meio, afanando supertições em línguas matreiras. Mando a ti minhas palavras, verdes, antes que caiam de maduras e manchem nosso chão de cimento queimado. Tão lindo. Saudade sim, não tem tradução. Mas como disse Chico Science, "esperança é quando a dor presente nos faz tentar outra vez".

Dude, mano "véio",
eu e minha menina linda andamos pensando em repousar em Buenos Aires. Sou louco pra experimentar a Quilmes, creio eu que lá também haja exemplares de Corona. Mas enfim, vontade maior é a de viajar. E seu chegar por lá, quero comprar uns discos de vinil, de Novo Tango.

Mas de qualquer forma em Cabo Frio a gente chega.

2.2.09

patricinha mor

seus lábios delineados, cabelo impecável
são uma espécie de armadilha para este poeta
que vos fala sobre suas desilusões
ou simplesmente prepara mais versos
para curtir uma de eterno apaixonado

mas, sim, falava de seus lábios (!)
reluzentes de longe,
nesta rua escura
decorando a paisagem chata
e sem graça da cidade
num dia de quase chuva

e que sorriso malandro você apresentava
disfarçando sua exacerbada classe social
que lhe fornecia o título de patricinha-mor
e eu que sempre botei banca de descolado
fiquei babando por ti

decidi que vou te botar em verso
desse jeito, sem jeito
pra te fazer dançar na folha branca
em letras garrafais
pra te fazer dormir
nos braços da miséria gostosa
da vida de verdade
e observar teus lábios delineados
enquanto repousa nos meus versos marginais