21.10.10

Compre almas

Expresso em
descontentamento a morte das palavras, e
o virulento êxito da imagem

que vence o som da fala, das bocas em palavras

e dos gestos que acompanham
as letras que desafiam a imaginação

(o poeta de nada serve nesta terra,
se um dia serviu, teu reino foi deposto
e o poeta nada tem com esta cercania)

expresso em
agouro
o ouro dos tolos
que me seduze, ou tentam
às favas das tolices
das
tecnologias, estéreis
que nada me fazem sentir

a arte deveras monolítica hoje
é apêndice
de cartazes
publicitários


- COMPRE ALMAS
enjoy

Por que a vida contemporânea é um slogan
E a tv inimiga obsessiva da insônia

Banksy

4 comments:

Luiz Tostes said...

PETARDO... devia ser o "hino" da nossa geração...mais uma genial, seu Rattes, foda

Anonymous said...

terroristinha... vcs modernex são todos iguais...burguesinhos defensores do gayzismo...lamentável. poesia porra nenhuma...

Kadu Mauad said...

"Desilusão,
desilusão,
danço eu,
dança você,
na dança
da solidão."

by Paulinho da Viola

Que-que tá pegano?!
'braço!

Andre de Freitas Sobrinho said...

o comentário do anonymous é genial! genial!
icônico, como o poema-propaganda propõe.
"terroristinha modernex
defensor de gayzismo
poesia coisa-nenhuma"
quase totem. Quem puder, quiser, ler o poeta do paideuma da geração atual de poetas rolando por aí, procurar "personism: a manifesto" de Frank O'hara. Daí pode, se for sagaz, sacar umas e outras, mais: sacar um interessante, instigante e intuitivo rattes - que nunca leu o'hara, diga-se, mas sacou tudo!

da forma, outra hora, com minhas chatices. ando complacente. bato papo, palma e pancada, depois, sempre.