19.3.09

s/ título_tiagorattes.ponto
achaste um jeito de me enganar. eu me surpreendi e encarei de frente o desafio de me tornar um novo homem, sem vícios, sem virtudes. esse talvez seja o grande homem do século xxi. um excepcional gerente das contas em dia de seu lar. vai haver futuro que a pena capital vai ser cortar gargantas de quem atrasar a mensalidade da academia de ginástica. comerei daqui pra frente frangos grelhados, coca cola zero. caráter zero virgula cinco. eu sei que a azia se mede de acordo com o susto. um soneto é indecifrável na medida que entorta palavras rubras e sangrentas. é por isso que ma humanidade vai se dividir entre aqueles que nunca escreveram um soneto, e aqueles que morreram tentando fazer algo parecido com Vinicius de Moraes ou Shakespeare. a humanidade perece por que desaprendeu a usar o corpo pra algo mais interessante.
cantei mil versos de flor
e joguei pra ti os espinhos
com a lingua pois na pressa
não mais esqueço que poesia
falada encantada
é voz
e voz é corpo esbelto magro
gordo parrudo
minha barriga chapada
minha pança de urso
importa que dessa boca saia poesia
e quando andastes por estas ruas de frio e flor saberá que seus ossos que doem denunciam que um dia você esqueceste de dormir a tempo de acordar no tempo de tomar seu café a tempo. tome tento menino, criança que não come não cresce. adulto que come, morre? pois todas as vovós esquecerem dos colesterois herois da industria farmaceutica e bioquimica. coma pra crescer. coma para morrer. beba água. e não morra afogado. mas pense bem, a vida é curta, até atravessar as ruas.

4 comments:

José Alexandre Abramo said...

Oi Thiago!
Eu gostei muito do seu texto, eu acho q vc naum deve saber, mas eu tenho com uns amigos um caderno literário, que tem com intenção divulgar novos escritores, envolve poesia e prosa.
Então, queria te convidar pra escrever nele.
Estamos na 3ª edição do caderno q se chama Encontrare e mês q vem lançamos esta terceira edição no quitanda cultural, conhece?
Então, se estiver afim me fala no email ja_abramo@yahoo.com.br

José Alexandre Abramo said...

abração!

Prill said...

hahahaha

a pena capital aplicada ao atraso da academia.

cena: o rapaz chega à academia de ginástica, puxa o cartão de identificação ou coloca o dedão naquela máquina que reconhece dedões e aí o computador avisa que o cara não pode passar, e ele fica retido na catraca. entram os federais.

obrigada à gentileza da visita lá :)

elymanoel said...

leio-te de me arder
a vista
madrugada a dentro

se sua cabeça roda
com esta sensação
ela está errada
visto que se veste de branco
o poema lá distante
vestido de carinho
este sim verdadeiro

espero que enganado esteja
este doce amigo.