30.5.11
21.5.11
lembra?
havia felicidade naquela velha porta
que dava pra rua em dias de verão.
quando descobríamos que aquela
triste e bela canção - feita a mão,
significava algo como clamor.
havia, como uma harpa dedilhada
que procura sentido em conjunto.
um valor no cheiro de guardado
da blusa de lã, quando descoberta,
a cada inverno: guardada em caixas no alto do armário.
sim, havia graça em ver seus pés
de ponta - calçados de meias, a
empinar-se, erguer a blusa e revelar
a brancura da parte de trás da suas
coxas,
e a nuca exposta
pelos cabelos presos
e os poucos fios
a fazer frio
e a sorrir de canto
quanto você jurava
que gostava.
e era fiapo de vida
restolho de significância
alternando estação.
![]() |
by Daniel Russell Photography |
13.5.11
Cachaça
pinga-teto de engenho,
arde as costas de quem
leva arreio.
arde as costas de quem
leva arreio.
É máquina de boi, de gente
rodamundo tritura cana em sonho
rodamundo tritura cana em sonho
faz sono de poeta, meia garrafa
alegria de bando, sorriso encantado
alegria de bando, sorriso encantado
é doce gosto que queima,
projeta a careta, prazer de quem ama
projeta a careta, prazer de quem ama
leva loucura a cama, jus a carne que tira
gosto, é peso que se segue ao
peso que se solta a cada gole.
É brinde de eternidade.gosto, é peso que se segue ao
peso que se solta a cada gole.
Esta poesia faz parte da série "Letramar". para ler as outras acesse a seção download. Lá é possível baixar as outras.
7.5.11
long beach 1992 a.c
ao Bradley Nowell (in memorian)
quando a estiagem atingia o verão
e o céu azul secava as piscinas
os cabelos parafinados reluziam
e o violão entoava canções
que você aprendeu com seu pai
long beach e suas ruas de
carros populares e calçadas
ocupadas por transeuntes
belas moças, hipsters, junkies
e rivalidades entre bairros
a noite as festas baratas, lotadas
de aventureiros insanos
em busca de verdades eternas
bebendo até o dia raiar
pra buscar mais ondas em Venice
pela manhã.
corria o ano de 1992, era cedo
lou dog roçando o assoalho da
velha van, em busca de diversão
enquanto tocava uma fita k7
dos beach boys.
corpos inertes na máquina
que repousava as rodas
no asfalto quente a se deslocar
em mais um destino na costa oeste
o horizonte era sol
e sua figuração a plenitude
do pouco saber - ou querer.
quando a estiagem atingia o verão
e o céu azul secava as piscinas
os cabelos parafinados reluziam
e o violão entoava canções
que você aprendeu com seu pai
long beach e suas ruas de
carros populares e calçadas
ocupadas por transeuntes
belas moças, hipsters, junkies
e rivalidades entre bairros
a noite as festas baratas, lotadas
de aventureiros insanos
em busca de verdades eternas
bebendo até o dia raiar
pra buscar mais ondas em Venice
pela manhã.
corria o ano de 1992, era cedo
lou dog roçando o assoalho da
velha van, em busca de diversão
enquanto tocava uma fita k7
dos beach boys.
corpos inertes na máquina
que repousava as rodas
no asfalto quente a se deslocar
em mais um destino na costa oeste
o horizonte era sol
e sua figuração a plenitude
do pouco saber - ou querer.
![]() |
Foto: http://herot.typepad.com |
3.5.11
Eco de Maio
O Eco - Performances Poéticas de maio vem garantir que a primeira semana do mês tenha gosto de poesia.
E uma das missões dessa edição é desmentir um ditado popular. Santo de casa não faz milagre? Faz sim. E para provar isso estarão no palco do Mezcla Anelise Freitas, que vem de Lima Duarte e desembarca em JF trazendo na bagagem seus versos desavergonhadamente verdadeiros e voluptuosos, e Anderson Pires, um dos fundadores do Eco, que retorna ao elenco para disparar sua afiada poesia rock 'n roll, pronta para entorpecer os desavisados.
O Eco traz também uma novidade nessa edição: um set temático especial em homenagem à existência e à essência do poeta cinco estrelas da nossa história, Manuel Bandeira. A obra do escritor pernambucano estará presente na edição de maio do Eco, portanto prepare-se para ver, ler, ouvir e sentir grandes clássicos da poesia brasileira.
Para completar a noite, a galera pode abrir o berreiro com suas poesias no microfone aberto. Lembrando que todo o Eco é regado ao fino som de Mister Pedro Paiva com seus vinis.
É no dia 05 de maio, quinta-feira, às 20 horas (pontuais), no Mezcla (Rua Benjamin Constant, 720. Centro. Juiz de Fora, MG)
E uma das missões dessa edição é desmentir um ditado popular. Santo de casa não faz milagre? Faz sim. E para provar isso estarão no palco do Mezcla Anelise Freitas, que vem de Lima Duarte e desembarca em JF trazendo na bagagem seus versos desavergonhadamente verdadeiros e voluptuosos, e Anderson Pires, um dos fundadores do Eco, que retorna ao elenco para disparar sua afiada poesia rock 'n roll, pronta para entorpecer os desavisados.
O Eco traz também uma novidade nessa edição: um set temático especial em homenagem à existência e à essência do poeta cinco estrelas da nossa história, Manuel Bandeira. A obra do escritor pernambucano estará presente na edição de maio do Eco, portanto prepare-se para ver, ler, ouvir e sentir grandes clássicos da poesia brasileira.
Para completar a noite, a galera pode abrir o berreiro com suas poesias no microfone aberto. Lembrando que todo o Eco é regado ao fino som de Mister Pedro Paiva com seus vinis.
É no dia 05 de maio, quinta-feira, às 20 horas (pontuais), no Mezcla (Rua Benjamin Constant, 720. Centro. Juiz de Fora, MG)
E a entrada é franca.
Espalhe e apareça.
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