RETIRO USUAL
deslig'alma bagaceira santíssima
que o corpo não mais cede ao apelo
da sede insólita
é copo americano
é batuque em violão
é roda de fiada conversa
que firma em verso testemunho
é frouxidão de nó de gravata, colarinho
de homem, de chope, de branco, de crime, de paz.
Garganteia madrugada quem molha a mesma
com goles de paixão cética pela vida.
HORIZONTE
é avante que os olhos furam
limites. Decerto é a tal de
esperança que faz fio.
31.12.10
28.12.10
letramar
Letramar é serpente
que risca em terça, li-
tígio dissonante canção
abrigo de coração. verso
é poeta sem eira com
beira, é água é ânsia de
santa, bárbara, iansã.
Letramar é fonema de-
clama, infinitivo de le-
trar, deleite de bebum
assunto de pescador,
rede de farra, sarrafo
a farfalhar, é safo, afoi-
to, finge que foi, mas
nem crê.
Letramar é catulagem,
passagem de alma, é
louça lavada e prato
de barro, oferenda de-
certo esperança que es-
prai, sindrome de poeta
é palavra incerta que
busca de eternidade.
que risca em terça, li-
tígio dissonante canção
abrigo de coração. verso
é poeta sem eira com
beira, é água é ânsia de
santa, bárbara, iansã.
Letramar é fonema de-
clama, infinitivo de le-
trar, deleite de bebum
assunto de pescador,
rede de farra, sarrafo
a farfalhar, é safo, afoi-
to, finge que foi, mas
nem crê.
Letramar é catulagem,
passagem de alma, é
louça lavada e prato
de barro, oferenda de-
certo esperança que es-
prai, sindrome de poeta
é palavra incerta que
busca de eternidade.

17.12.10
Dezembro
dezembro este mês molhado
com gosto de natal e ano novo
mês de poesia
mês que o verso sai por aí
atrapalhado a inundar meus papéis
e minha cabeça
numa loja qualquer tento escolher presentes de natal
entre um café e outro
busco nas outras sentido pra vida
nas outras histórias nos outros
tombos, recaídas, reerguendo a caneta
que desliza incólume pelo corpo
que vira poesia
dezembro me sorve tipo onda
brisa, crista, de uma loucura qualquer
dezembro, desalento
um embro, um emo, um dêz
a dezembrar este coração leviano
e isso que quero deste mês
leviano
que leve o ano
que leve quanto
pena, o penar
quero um ano novo, uma virada
leve feito seda e que não falte
a seda, leda,
o ledo engano de que tudo vai se repetir
na vida de um poeta
sagitariano
funcionário público
que publica seus sentimentos mais
impublicáveis
que encana no doce gosto da cana
e troca a cama
pela mesa de bar
dezembro já vai, já vai tarde
vai de táxi, vai de ônibus
sai de perto, vade retro
pra longe anunciando pontes
dietas, regimes, abistinências
policiais diligências, gritos histéricos
ecoando pelo hemisfério
dezembro se vai
foi
embora,
embora as mais velhas vontades
nostalgicas, taradas
insistam que fique
pra tomar mais um copo
com gosto de natal e ano novo
mês de poesia
mês que o verso sai por aí
atrapalhado a inundar meus papéis
e minha cabeça
numa loja qualquer tento escolher presentes de natal
entre um café e outro
busco nas outras sentido pra vida
nas outras histórias nos outros
tombos, recaídas, reerguendo a caneta
que desliza incólume pelo corpo
que vira poesia
dezembro me sorve tipo onda
brisa, crista, de uma loucura qualquer
dezembro, desalento
um embro, um emo, um dêz
a dezembrar este coração leviano
e isso que quero deste mês
leviano
que leve o ano
que leve quanto
pena, o penar
quero um ano novo, uma virada
leve feito seda e que não falte
a seda, leda,
o ledo engano de que tudo vai se repetir
na vida de um poeta
sagitariano
funcionário público
que publica seus sentimentos mais
impublicáveis
que encana no doce gosto da cana
e troca a cama
pela mesa de bar
dezembro já vai, já vai tarde
vai de táxi, vai de ônibus
sai de perto, vade retro
pra longe anunciando pontes
dietas, regimes, abistinências
policiais diligências, gritos histéricos
ecoando pelo hemisfério
dezembro se vai
foi
embora,
embora as mais velhas vontades
nostalgicas, taradas
insistam que fique
pra tomar mais um copo
7.12.10
poesia - mododefazer
queira saber.
estenografar palavras
ansiedade dúbia;
inerente, em português,
o fazer-se é grandioso.
em inglês, complexa tradução
do the making of.
poeta brasileiro assobradado,
em cânone insiste,
não esmiuçar estrelas
externar as sobras,
desmerecer desafio.
poesia, modo de fazer,
é vernáculo de poeta.
estenografar palavras
ansiedade dúbia;
inerente, em português,
o fazer-se é grandioso.
em inglês, complexa tradução
do the making of.
poeta brasileiro assobradado,
em cânone insiste,
não esmiuçar estrelas
externar as sobras,
desmerecer desafio.
poesia, modo de fazer,
é vernáculo de poeta.
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